Crônicas Nikkeis n.º 2—Nikkei+: Histórias sobre Idiomas, Tradições, Gerações & Raças Miscigenadas
Ser nikkei é intrinsecamente uma identidade com base em tradições e culturas mistas. Em muitas comunidades e famílias nikkeis em todo o mundo, não é raro usar tanto pauzinhos quanto garfos; misturar palavras japonesas com espanhol; ou comemorar a contagem regressiva do Reveillon ao modo ocidental, com champanhe, e o Oshogatsu da forma tradicional japonesa, com oozoni.
Atualmente, o site Descubra Nikkei está aceitando histórias que exploram como os nikkeis de todo o mundo percebem e vivenciam sua realidade multirracial, multinacional, multilingue e multigeracional.
Todos os artigos enviados à antologia Nikkei+ foram elegíveis para a seleção dos favoritos da nossa comunidade online.
Aqui estão as suas histórias favoritas em cada idioma.
- Inglês:
O riário de uma judoca Hapa pirada
Por Chanda Ishisaka - Japonês:
Kokiti-san
Por Laura Honda-Hasegawa - Espanhol:
O Mabuyá ou o Terremoto da Sorte: Alguns Costumes da Minha Oba que se Tornaram Recordações da Minha Infância
Por Milagros Tsukayama Shinzato - Português:
A vela que se apaga
Por Eduardo Goo Nakashima
Stories from this series
“Conhecendo” Identidades Multiétnicas: Notas de Campo sobre o Sr. Virgil Westdale
16 de Outubro de 2013 • James Ong
Identidade é um conceito inconstante. Quando falamos de “etnia” e seus laços à identidade pessoal, temos que fazer um ato de equilíbrio delicado, ao procurarmos dar um significado tanto à maneira que nos sentimos com respeito a nós mesmos quanto a como os outros nos vêem. Indivíduos multiétnicos proporcionam um modelo estimulante para este tipo de discussão; fundamentalmente, “autenticidade” acaba se tornando um debate relacionado a “sangue” e “cultura”, entre o que os outros vêem e o que portamos nos …
O kmuti, o nabo e o alho
14 de Outubro de 2013 • Hidemitsu Miyamura
Fui a Recife a negócio e na volta resolvi visitar um amigo que morava em Brasília. Pensei em levar a ele algo que pudesse agradar e me ocorreu levar Kmuti, coreano que beliscávamos no “drive range” (bate-bolas) de golfe freqüentado pelos nikkeis. Era cerveja, kmuti e suor. Passei numa loja de produtos orientais e comprei kmuti, conserva de nabo em pimenta vermelha e alho descascado. Quando vi o conjunto, logo vislumbrei o risco e pensei em desistir. O cheiro era …
A vela que se apaga
7 de Outubro de 2013 • Eduardo Goo Nakashima
No dia 23 de maio deste ano completei 10 anos como secretário-geral administrativo da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa, conhecida como Bunkyo. Desde dezembro de 2006, o nome completo da instituição passou a ser Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social, mas isso será assunto para outra hora. 23 de maio é uma data importante para a cidade de São Paulo: neste dia, em 1932, quatro jovens estudantes foram assassinados pelas forças do governo central e isto foi …
O Espaço do Meio
27 de Setembro de 2013 • Linda Cooper
A minha melhor amiga, Brenda, mencionou recentemente que nós e nossos pais somos uma geração em extinção. Nós somos filhas de soldados americanos e mães japonesas. Estes soldados se apaixonaram pelo Japão e por nossas mães durante seu serviço militar após a Segunda Guerra Mundial, e trouxeram suas noivas consigo ao retornar para os E.U.A. Os meus pais já faleceram, como também o pai de Brenda. Sua mãe está com 80 anos. Brenda e eu somos filhas únicas e somos …
Sushi & Salsa, Cacto & Bambu
9 de Setembro de 2013 • Dorothy Yumi Garcia
Durante a guerra, o meu pai, Daniel Garcia (nascido em 7 de dezembro de 1925, em Pasadena, na Califórnia) montou projéteis de artilharia a bordo do seu navio para destruir as instalações japonesas. No Japão, a minha mãe, Yoshiko Fuchigami (nascida em 2 de fevereiro de 1930, em Atsugi), montou bombas para serem jogadas nos invasores americanos. Indiretamente, eles estavam fazendo o melhor possível para matarem um ao outro. Como falharam, e com a guerra acabada, eles se conheceram, se …
O Mabuyá ou o Terremoto da Sorte: Alguns Costumes da Minha Oba que se Tornaram Recordações da Minha Infância
3 de Setembro de 2013 • Milagros Tsukayama Shinzato
“Não varre o chão de noite, senão vai ficar pobre” ou “se você cortar as unhas de noite, vai atrair o diabo”. Ou então o quase profético “vai chover...” que a minha oba sempre dizia quando via o gato da casa limpando a cara. Estas e outras frases eram as que eu normalmente escutava quando era criança. Quando a minha oba nos deixou, muitas destas frases deixaram de ser ouvidas na nossa casa; mas ainda há umas poucas (além de …