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Laura Honda-Hasegawa

@laurahh

Nasceu na Capital de São Paulo em 1947. Atuou na área da educação até 2009. Desde então, tem se dedicado exclusivamente à literatura, escrevendo ensaios, contos e romances, tudo sob o ponto de vista nikkei.

Passou a infância ouvindo as histórias infantis do Japão contadas por sua mãe. Na adolescência lia mensalmente a edição de Shojo Kurabu, revista juvenil para meninas importada do Japão. Assistiu a quase todos os filmes de Ozu, desenvolvendo, ao longo da vida, uma grande admiração pela cultura japonesa.

Atualizado em maio de 2023


Stories from This Author

Histórias de Decasséguis
História nº 24: Diário da menina que queria ser japonesa (4)

1 de Julho de 2015 • Laura Honda-Hasegawa

Leia História nº 24 (3) >> 4/3/2011 Batchan precisou ir a Campo Grande porque a irmã dela foi internada. Desse modo, vou ficar por um tempo na casa da tia Nair. Tenho os meus três primos e o caçulinha, o Noah, ele é muito fofo, acho que está com 2 anos. Comparando com o tempo que estava no Japão, a vida aqui no Brasil é muito divertida, eu adoro! Quando estava no Japão eu ficava na escola das 7 e …

Histórias de Decasséguis
História nº 24: Diário da menina que queria ser japonesa (3)

6 de Maio de 2015 • Laura Honda-Hasegawa

Leia História nº 24 (2) >> 07/05/2010 Hoje tivemos a “Festa do Dia das Mães” na escola. Quando eu morava no Japão, não havia esse tipo de comemoração na escola brasileira, porque as mães tinham trabalho na fábrica e não podiam comparecer. Nós apenas fazíamos desenhos e cartões e entregávamos para nossas mães em casa. Mas aqui no Brasil as escolas são demais! Dois dias antes, na sexta-feira, as aulas são suspensas e os alunos preparam números de canto, dança …

OHAYO Bom dia II
Em busca do significado de JAPA

8 de Abril de 2015 • Laura Honda-Hasegawa

As palavras têm vida. E se muda o modo de pensar ou o modo de viver das pessoas, as palavras também mudam. Cerca de sessenta anos atrás, quando eu era criança, o número de nikkeis morando na capital de São Paulo ainda era pequeno, assim, o “japonês” tinha visibilidade em muitos sentidos. Naquela época, a grande maioria dos brasileiros tinha uma imagem característica dos japoneses e descendentes: “Japonês não entende português” e “Sua comida é diferente” e “Seus costumes são …

Histórias de Decasséguis
História nº 24: Diário da menina que queria ser japonesa (2)

4 de Março de 2015 • Laura Honda-Hasegawa

Leia História nº 24 (1) >> 17/2/2010Primeira vez que vi o carnaval pela TV e hoje, quarta-feira, chega ao fim. Dizem que é a “Quarta-feira de Cinzas”. Perguntei para Batchan por que chamam assim e ela explicou: “Hoje acabou a folia que todo mundo espera durante um ano e amanhã começa a vida, todo mundo pensando já no ano que vem”. Não entendi por que é de cinzas, mas tudo bem, o Brasil é bem diferente do Japão. Depois de …

Histórias de Decasséguis
História nº 24: Diário da menina que queria ser japonesa (1)

28 de Janeiro de 2015 • Laura Honda-Hasegawa

26/1/2009Por quê? Por que tenho que voltar para o Brasil? É mesmo verdade? Perguntei a Mammy, mas ela estava muito ocupada arrumando a cozinha. Achei estranho que naquela hora ela nem me pediu para ajudar. Na verdade, eu não quero voltar! Lembro que a Mammy tinha falado: Ano que vem você vai fazer a 5ª série, então tem que estudar mais inglês. A Mammy ensinava inglês na mesma escola brasileira onde eu estudava. Então por que decidiu voltar para o …

Histórias de Decasséguis
História nº 23 (Parte II): Bem que eu queria dizer “Não precisa vir, não”

31 de Dezembro de 2014 • Laura Honda-Hasegawa

Hiroyuki resolveu contar toda a verdade para Sanae-san. Que quando estava no Brasil, ainda estudante, nasceu-lhe um filho, então foi morar com a mãe da criança até que dois anos depois veio sozinho para o Japão trabalhar. Sanae-san ouvia calada sem demonstrar raiva. Fazia esforço para não parecer chateada com a situação. Em seguida, ela foi até a cômoda, abriu a gaveta e tirou de dentro uma foto que entregou a Hiroyuki. - Ele era bolsista do Irã e nós …

Histórias de Decasséguis
História nº 23 (Parte I): Bem que eu queria dizer “Não precisa vir, não”

25 de Novembro de 2014 • Laura Honda-Hasegawa

Naquele dia, Hiroyuki desligou o telefone e, por instantes, ficou paralisado. As palavras de sua mulher que ficara no Brasil soaram estridentes: “Estou chegando aí”. A princípio ele pensou que fosse brincadeira, mas Maria do Rosário falava sério: “Eu não tinha falado antes? Que eu ia atrás até o Japão? Então, chegou essa hora”. Ele estava confuso. Até então, para ela telefonar de tão longe havia somente um motivo: dinheiro. Sempre querendo mais dinheiro. Mas, desta vez, nem tocou no …

Histórias de Decasséguis
História nº 22 (Parte II): “Gláucia” – por onde ela anda agora?

15 de Outubro de 2014 • Laura Honda-Hasegawa

Parte I >>Kazue caiu de amores por Jackson, 12 anos mais novo que ela, mas chegou um dia que não suportou mais os maus tratos e pensou em terminar o relacionamento. Era domingo à noite. Na manhã de segunda-feira, a faxineira entrou no apartamento e encontrou Kazue desmaiada no living e chamou a ambulância. Kazue foi levada ao hospital e teve de ficar internada devido à gravidade dos ferimentos.  Jackson fugiu no carro novo de Kazue e levando também as …

Histórias de Decasséguis
História nº 22 (Parte I): “Gláucia” – por onde ela anda agora?

27 de Agosto de 2014 • Laura Honda-Hasegawa

Dizendo que queria ser cabeleireira, Kazue largou os estudos no ensino médio e deixou a cidade onde havia se criado para ir para São Paulo. Lá ficou durante um ano praticando no salão que seu tio administrava, concluiu o curso e conseguiu o certificado de profissional. Depois, ficou trabalhando no mesmo salão. Certo dia, por sugestão do tio, Kazue participou de um concurso nacional de cabeleireiros e se saiu muito bem, pois foi uma das vencedoras. A partir daí, começou …

Histórias de Decasséguis
História nº 21: Mitchan e a “Obaatchan do Japão”

30 de Julho de 2014 • Laura Honda-Hasegawa

Foi num dia depois da passagem do tufão. Manhã quente e abafada, Mitchan estava a caminho da escola com a mochila vermelha nas costas e levando em uma das mãos a garrafinha de água para matar a sede. Ela não saberia dizer qual calor era pior: do Brasil ou do Japão. Até meio ano antes, ela morava no Brasil, onde nas tardes de sol forte, enquanto as amigas brincavam ao ar livre, ela preferia ficar na varanda lendo aqueles livros …

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