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A falta de auxílio de advogados Nikkeis durante a guerra (Inglês)

(Inglês) O que eu me pergunto é o seguinte: nós tínhamos muitos advogados nikkeis bastante inteligentes naquela época. Eles não podiam ter se unido para dizer: “Por que nós – todos nós – não fazemos uma petição de habeas corpus?” Umas cem mil pessoas ou algo assim. Afinal de contas, aquilo teria sido um direito constitucional de todos. Por que eles [os advogados nikkeis e a liderança nisei] não fizeram isso?

Eu acho que havia um movimento por trás daquilo dizendo: “Não. Vamos demonstrar que somos americanos bons, leais e pacíficos, e fazer o que o ‘Big Brother’ está mandando. Além disso, eles estão nos ameaçando”. E algumas pessoas [ainda] dizem: “Ah, sim, eles nos ameaçaram” – que eles iriam nos evacuar à força, o que talvez quisesse dizer à ponta de baioneta. Mas de acordo com os registros, isso não teria acontecido.

Por isso, eu agora penso que quem dera que nós tivéssemos sido mais maduros, e que no nosso meio tivéssemos tido mais pessoas adultas o suficiente e mais cientes de nossos direitos legais para que assim nós, todos nós, pudéssemos ter feito uma petição de habeas corpus, o que poderia ter causado um alvoroço nos tribunais. Eles não teriam ousado nos remover. Mitsuye Endo1 fez uma petição de habeas corpus, mas ela já estava no campo. Ou seja, já era tarde demais. Mas se a gente tivesse esse conhecimento na época, eu acho que tudo aquilo poderia ter sido evitado.

1. Mitsuye Endo, uma nisei, era funcionária do estado da Califórnia, trabalhando no Departamento de Veículos Motorizados. Endo, junto com outros funcionários nipo-americanos do estado da Califórnia, foi despedida. Antes da demissão, Endo, uma cidadã americana, foi sujeita a injustos interrogatórios decorrentes da crença errônea que ela tinha dupla cidadania americana e japonesa. Em 12 de julho de 1942, o advogado James Purcell e a JACL fizeram uma petição de habeas corpuscom a Corte Federal do Distrito de São Francisco, afirmando que Endo havia sido privada do seu direito de trabalhar devido à sua detenção ilegal pelo exército americano. O processo de Endo foi inicialmente rejeitado, mas após a interposição de um recurso de apelação seu caso acabou sendo levado até a Suprema Corte em outubro de 1944. Em 18 de dezembro de 1944, a Suprema Corte decidiu unanimamente a favor de Endo, ordenando a libertação dos nipo-americanos dos campos de concentração a partir de 2 de janeiro de 1945.


direitos civis direito constitucional detenção de pessoas governos habeas corpus política

Data: 26 de agosto de 1998

Localização Geográfica: Virginia Estados Unidos

Entrevistado: Darcie Iki, Mitchell Maki

País: Watase Media Arts Center, Japanese American National Museum

Entrevistados

Aiko Yoshinaga Herzig nasceu em Sacramento, na Califórnia, em 1924. Sua família havia emigrado de Kumamoto, no Japão, em 1919. Durante a Grande Depressão, a família Yoshinaga se mudou para Los Angeles.

No início do envolvimento americano na Segunda Guerra Mundial, Aiko foi encarcerada em Manzanar com a família de seu marido. Mais tarde, ela foi transferida com sua filha recém-nascida para Jerome, em Arkansas, para ficar com a sua própria família. Em 1944, a família Yoshinaga foi liberada e se estabeleceu em Nova York. Aiko se divorciou e posteriormente se casou com um soldado nisei. O casal se mudou para o Japão, onde o marido arrumou trabalho durante o período da ocupação americana. Anos mais tarde, Aiko acabou se casando com Jack Herzig, um dos colegas de trabalho de seu marido no Japão.

Depois de retornar aos Estados Unidos, Aiko se envolveu no projeto Americanos Asiáticos em Ação. Através dos seus trabalhos de pesquisa nos Arquivos Nacionais em Washington, Aiko e Jack tiveram uma atuação crucial no movimento requerindo compensações do governo americano. Os documentos que eles encontraram foram instrumentais no caso coram nobis, o qual levou à anulação das condenações de Fred Korematsu, Min Yasui e Gordon Hirabayashi. Aiko também foi contratada como pesquisadora chefe da Comissão de Relocação e Internamento de Civis Durante a Guerra, e depois trabalhou para o Escritório de Administração de Compensações do Departamento de Justiça americano para ajudar a identificar indivíduos elegíveis a compensações financeiras pelos seus períodos de internamento. 

Ela faleceu em 18 de julho de 2018, aos 93 anos de idade. (Julho de 2018)

Uyeda,Clifford

Mudando "reparações" para "compensação" (Inglês)

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Inouye,Daniel K.

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The differences in attitude of pre-war and post war in terms of the President Fujimori presidency (Japanese)

(n. 1948) Diretor executivo do Museu Amano

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President Fujimori as elected by Peru's general public (Japanese)

(n. 1948) Diretor executivo do Museu Amano

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The Nikkei community's view toward Former President Fujimori (Japanese)

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How he got into politics

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“Work hard at the job you’re at”

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Beginnings of CWRIC

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Finding supporters for the bill

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Getting Jim Wright to sponsor the bill

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