Entrevistas
Sobrevivendo após a morte do pai (Inglês)
(Inglês) A vida mudou drasticamente depois que o meu pai morreu. Até então, nós tínhamos uma vida razoavelmente confortável. Quando aconteceu, a minha mãe estava grávida com o seu nono filho. Meu pai tinha 63 anos, e minha mãe tinha 39. Você pode ver a diferença de idade. Então, ela teve que arrumar um emprego imediatamente – só que ela estava grávida. Ela não sabia falar inglês ou entender inglês. Ela achou que talvez pudesse trabalhar como empregada doméstica. Muitas mulheres na plantação trabalhavam como empregadas das famílias brancas. Mas na condição dela e com tantos filhos – oito filhos – ela não podia trabalhar como doméstica, [e além disso] ela não sabia falar inglês. Então ela acabou tendo que lavar roupa para os homens solteiros na plantação. E como os filipinos moravam nas redondezas, essa atividade se tornou sua maneira de ganhar a vida. Nós devemos isso a eles, o fato de termos podido sobreviver.
Foi interessante como o capataz da plantação, o assistente ... Quando uma pessoa ficava viúva, eles davam $15 por mês de pensão. [Vendo a] situação da minha mãe, que tinha uma família tão grande, um parente que era supervisor do grupo de irrigação falou com o capataz e explicou a situação, dizendo: “Como a Sra. Oyama, com oito filhos – e ela está esperando um outro – como ela vai poder se manter com $15 por mês?” Então, o capataz, o Sr. Lorenge [?], foi bem compreensivo. Era o Sr. Lorenge? Quem fosse ... Eles deram a ela $25 por mês. E ainda deram uma escolha: “Você prefere receber $1.000 para cobrir os gastos com o funeral e as despesas imediatas, ou $25 até que o bebê que está para nascer atinja à idade de receber o dinheiro da Previdência Social?” Minha mãe foi bem esperta. Ela só tinha estudado até o terceiro ano no seu vilarejo natal. Mas ela achou melhor receber $25 por mês. Isso ajudou muito durante o tempo que ela trabalhou como lavadeira. Não sei como, mas a gente conseguiu sobreviver.
Data: 19 de fevereiro de 2004
Localização Geográfica: Havaí, Estados Unidos
Entrevistado: Lisa Itagaki, Krissy Kim
País: Watase Media Arts Center, Japanese American National Museum.
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