Entrevistas
O papel da Associação Católica durante a guerra (Japonês)
(Japonês) Quem iniciou a assistência social e obteve a licença foi o Sr Miyakoshi Chibata – gerente de uma loja, o Sr Keizo Ishihara - dono do hotel Tokiwa, o Sr Masaharu Takahashi - contador e eu. A igreja não permitia mais do que 4, como mensageiros da Igreja. Iniciamos o trabalho. A licença, com visto da ordem política, saiu em 3 de junho e, a partir daí, começamos oficialmente. Na manhã seguinte havia um policial na porta de casa às 8 da manhã. Durante 3 dias ele me seguiu, para ver se eu realmente estava fazendo caridade. No 3º dia, despedimo-nos rindo. Assim, aos poucos, iniciamos nosso trabalho. Havia tuberculosos, doentes mentais, órfãos, pobres, e não sabíamos como ajudá-los. Se déssemos dinheiro para pagarem o aluguel ou despesas, as esposas dos presos jogavam tudo no bicho. Jogavam, perdiam e não podiam mais fazer as compras. “Assim não dá”, pensei, criamos então o sistema de cupons em 3 locais: em Pinheiros, na esquina da rua Conde e na Vila Mariana. A cada família, dávamos o equivalente a um mês de alimentos e, nas lojas, trocavam pelo cupom. Não dávamos dinheiro, comprávamos remédios e pagávamos os aluguéis. Fizemos assim durante toda a guerra. No fim do mês, eu pagava as contas. Assim cuidávamos deles.
Data:
Localização Geográfica: Brasil
País: Caminho da memória - 遥かなるみちのり. São Paulo, Brazil: Comissão de Elaboração da História dos 80 Anos de Imigração Japonesa no Brasil, 1998. VHS.
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