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O mito do sacrifício dos imigrantes (Espanhol)

(Espanhol) Certamente. Essa idéia é definitiva. Esse mito é como este relógio que eu estou tocando agora. É tão real que quase já não é mais mito. Somo ainda um grupo que se vê como imigrante. Por isso que não nos “fundimos”, por isso que não nos entregamos à terra nativa. Parte do modo de pensar dos imigrantes é a herança de todo este mito. Não apenas herdam o sangue, mas também o exemplo. Vejo isso com os sanseis, mas de uma maneira positiva. Sempre regressam ao caminho, ao kami. No meu caso, ou no caso dos niseis, é terrível ter que continuar carregando nos ombros o sacrifício, o dever. Uma vez, eu cheguei a pensar que não poderia deixar de viver ou me suicidar, mesmo que quisesse, porque seria um mau exemplo. Olha, que até hoje eu continuo a pensar assim—que seria um mau exemplo para meus sobrinhos ou parentes o fato de eu ter levado uma vida tão audaciosa, dedicada à literatura e à gestão cultural—que a minha vida já não me pertence. Esse é o detalhe de ser nikkei. Somos moralistas? Toda o imigrante é messiânico, sente que tem uma missão, a missão de dar um exemplo, de povoar a terra, de levar a boa palavra. Então sim, quase não é mais lenda, é uma realidade. Isso também é ser nikkei. Não é ruim, mas é bem estafante.


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Data: 26 de fevereiro de 2008

Localização Geográfica: Lima, Peru

Entrevistado: Harumi Nako

País: Asociación Peruano Japonesa (APJ)

Entrevistados

Doris Moromisato Miasato (1962) nasceu em Chambala, na zona agrícola de Lima, no Peru. Ela é formada em Direito e Ciências Políticas na Universidade Nacional Mayor de San Marcos.

Ela publicou as coletâneas de poemas Morada Onde a Lua Perdeu Sua Palidez (1988), Chambala Era um Caminho (1999), Diário da Mulher “Ponja” [“Japonês / Pessoa do Leste Asiático”] (2004), Paisagem Terrestre (2007), assim como também o livro de crônicas Okinawa. Um Século no Peru (2006). Seus poemas, contos, ensaios e crônicas estão incluídos em diversas antologias e foram traduzidos em vários idiomas.

É ecologista, feminista e budista. Em 2006, a Prefeitura de Okinawa a nomeou Embaixadora de Boa Vontade. Desde 2005, como Diretora Cultural da Câmara Peruana do Livro, tem como cargo a organização de feiras de livros. (26 de fevereiro de 2008)

Sabrina Shizue McKenna
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McKenna,Sabrina Shizue

Impacto de se assumir em sua família

(n. 1957) Juiz da Suprema Corte do Havaí.

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