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Imigração japonesa com rosto okinawense (Espanhol)

(Espanhol) A imigração japonesa ao Peru foi uma imigração simbolicamente japonesa, mas “humanamente” okinawense. Permaneceu a simbologia japonesa do imperador, do Estado Meiji, do Estado Showa, do Japão como país exótico, a reverência; mas na vida cotidiana, se falarmos de seres humanos, o que chegou no Peru não foi o Japão, mas Okinawa “como vida cotidiana”. Isso pode ser visto na quantidade de seres humanos e na quantidade de hábitos e costumes que chegaram ao Peru. Eu estou convencida de que quando votaram por Fujimori em 1990, votaram por um japonês, simbolicamente falando; mas do lado humano, votaram por um okinawense, que é o bonachão, o amigo de todos. A okinawense era a mulher que tomava conta das lojas, dos botecos, que costurava, dava balas, brigava com os bêbados. Devido à sua cultura, os okinawenses são muito expressivos. São tão expressivos que acabam por não se conter e saem na briga; eles não têm a prática do silêncio existente na cultura japonesa. Os okinawenses são muito alegres--choram, gritam, tudo termina em festa. Nada disso é japonês, nem tampouco sua maneira de fazer negócios. É bem diferente fazer negócios com um descendente de japoneses do que com um descendente de okinawenses.


imigração Okinawanos Peru

Data: 26 de fevereiro de 2008

Localização Geográfica: Lima, Peru

Entrevistado: Harumi Nako

País: Asociación Peruano Japonesa (APJ)

Entrevistados

Doris Moromisato Miasato (1962) nasceu em Chambala, na zona agrícola de Lima, no Peru. Ela é formada em Direito e Ciências Políticas na Universidade Nacional Mayor de San Marcos.

Ela publicou as coletâneas de poemas Morada Onde a Lua Perdeu Sua Palidez (1988), Chambala Era um Caminho (1999), Diário da Mulher “Ponja” [“Japonês / Pessoa do Leste Asiático”] (2004), Paisagem Terrestre (2007), assim como também o livro de crônicas Okinawa. Um Século no Peru (2006). Seus poemas, contos, ensaios e crônicas estão incluídos em diversas antologias e foram traduzidos em vários idiomas.

É ecologista, feminista e budista. Em 2006, a Prefeitura de Okinawa a nomeou Embaixadora de Boa Vontade. Desde 2005, como Diretora Cultural da Câmara Peruana do Livro, tem como cargo a organização de feiras de livros. (26 de fevereiro de 2008)

Naganuma,Jimmy

Memories of childhood in Peru

(n. 1936) Japonês peruano encarcerado em Crystal City

Naganuma,Kazumu

Fazendo check-in na Imigração uma vez por mês

(n. 1942) japonês peruano encarcerado em Crystal City