Trechos de “Sonhe com as crianças da água, sonhe com as crianças da água”
Esta é uma antropologia da memória, um diário e um livro de memórias, uma obra de não-ficção criativa. Combina memórias de recordações, conversas com pais e outros parentes, amigos, anotações em diários, diários de sonhos com análise crítica pós-colonial.
Este primeiro livro de uma trilogia planejada: Sonho das Crianças da Água, sonho das crianças da água concentra-se em assombrações sociológicas e legados de relações raciais, gênero e traumas de guerra, contados através das lentes da relação mãe-filho. Seu foco específico está na mãe, Kakinami Kiyoko. É uma obra para todos os interessados nos mestiços negros-japoneses e nos seus pais, na militarização do Pacífico pelos EUA após a Segunda Guerra Mundial e nos seus complexos legados através das identidades negro-asiáticas, das relações de género e da vontade de liberdade.
Nota para o leitor
Todos os incidentes e eventos neste trabalho, incluindo sonhos, são eventos reais e construídos e/ou registrados a partir de memórias, incluindo recordações e meditações, anotações em diários, conversas e entrevistas. Embora a memória e as anotações do diário tenham sido lembradas e usadas, tomei liberdade na escrita da própria memória, usando certos tons e descrições em vez de não lembrar ou saber completamente certos detalhes de eventos passados. Alguns nomes foram alterados para proteger a identidade das pessoas. Anotei referências a eventos, fatos e comentários que não são de memória ou de conversa.
Por ser estudioso da pesquisa etnográfica, bem como de todas as categorias que me identificam como pessoa, raça, gênero, classe socioeconômica, orientação sexual, de determinada região, período histórico, com certas relações com a história, meus pais e amigos, lugares e minhas formas de pensar e lembrar, as vinhetas que produzo para você, leitor, neste livro, representam todas essas partes de mim, sem deixar as coisas na porta. Nisto há silêncios. Há espaços onde espero que o leitor pense e questione, ao mesmo tempo que sente, lembrando, para que possamos transgredir normas dominantes e, portanto, categorias fáceis de vida. Muitas vezes essas categorias nos mantêm separados, com medo, com raiva, irreais. A memória como uma recordação desconexa, contada através das passagens da falta de moradia transnacional, das disjunções e justaposições, e dos legados contínuos que pontilham as diferentes paisagens, é onde deixo você, leitor, para abrir diálogos em direção à paz, justiça social, e uma imaginação diferente das pátrias.
Nota do autor:
PROCURANDO EDITOR: Atualmente estou procurando um editor, familiarizado com escrita de gêneros cruzados e escrita transnacional e transcultural. Se você ou alguém que você conhece estiver disposto a fazer isso, entre em contato comigo!
Além disso, PROCURA UM EDITOR. Tenho projetos multimídia e outros livros relacionados a este primeiro trabalho, nos quais adoraria trabalhar com uma editora interessada.
Para estas e outras dúvidas, entre em contato: fredrickdc@gmail.com
Stories from this series
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5 de Agosto de 2011 • Fredrick Cloyd
Read “Part 6: Constant King [1 of 2]” >>How, then, are manhood, fatherhood and hierarchies constructed in this? It’s not just one thing. You’re too young to remember, I think. One time I was giving you a bath. It was at our house in Ōme. Your Dad came to Japan to see how we were doing, a year after he was here for your birth. We were still waiting for the American government to let us marry. Until then, your …
Part 6: Constant King [1 of 2]
29 de Julho de 2011 • Fredrick Cloyd
Read “Part 5: Monsters” >>The Constant King 1964Mama and Dad and myself are at the dinner table. It was really the first full year ever, that Dad sat at the dinner table with Mama and I for a meal or two. In the past, he had been out of the country where Mama and me lived. When I was born it wasn’t good that he was with us, according to the military. So he was in America and Korea. In …
Part 5: Monsters
22 de Julho de 2011 • Fredrick Cloyd
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15 de Julho de 2011 • Fredrick Cloyd
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8 de Julho de 2011 • Fredrick Cloyd
Read “Part 3: Watermelon Seeds [1 of 2]” >>I am still an only-child. But now my only child identity was not the same as just a moment before. I was born alone but because a sister died. Fragments of unknowns become apparent. I then felt relieved. Some things fell into a certain logical reasoning—or perhaps it was a certain logic that offered comfort. I was an only child, but now I reasoned that a protector-twin had been watching over me, …
Part 3: Watermelon Seeds [1 of 2]
1 de Julho de 2011 • Fredrick Cloyd
Read “Part 2: The Waters [2 of 2]” >>Watermelon seeds, 1964 Shōwa Year 39スイカの種、1964年 昭和39年“One of the remarkable features of this group is that it seems that all the war children receives[sic] a stigma, whether the father was an enemy soldier or an allied…We have to understand that this stigma often is associated with the status of the mother.” —From: The War Children of the World1 Lovers—a Japanese man and the French woman, speak: He: You saw nothing in Hiroshima. …