Sachio Negawa
Sachio Negawa é professor-assistente dos departamentos de Tradução e Línguas Estrangeiras da Universidade de Brasília. Mora no Brasil desde 1996. É especialista em História da Imigração e Estudos Comparativos entre Culturas. Tem-se dedicado com afinco ao estudo das instituições de ensino nas comunidades japonesa e asiática em geral.
Atualizado em março de 2007
Stories from This Author
Capítulo 11: Formação do Bairro Oriental e os líderes de primeira geração 1: Yoshikazu Tanaka
21 de Fevereiro de 2008 • Sachio Negawa
Em qualquer faceta da história da imigração mundial, no início da formação de bairros étnicos, verifica-se a existência de grandes líderes que possuíam grande poder de liderança. E se falarmos dos grandes líderes nikkeis que se envolveram na formação do Bairro Oriental de São Paulo primeiro vem a mente os nomes de Yoshikazu Tanaka (1906-1979) e Tsuyoshi Mizumoto (1920-1989). Como já havia no sexto capítulo de “Formação e Desenvolvimento do Bairro Oriental”, em 1953, com a abertura do Cine Niterói …
Capítulo 10 Londrina: Movimento da Cultura Nikkei e Matsuri Dance
10 de Janeiro de 2008 • Sachio Negawa
Recentemente no Brasil, começou-se a utilizar, principalmente entre os jornais escritos em japonês no país, termos como “cultura nikkei” ou “nova cultura nikkei”. Estes termos são usados no sentido de “cultura modificada para um estilo brasileiro, com base na ‘cultura japonesa’”. Isso mostra uma postura de perceber a “cultura nikkei” como uma versão própria da “cultura japonesa”, diferenciando-a da “cultura japonesa do Japão”, definindo-a como elemento da “cultura brasileira” multicultural. Atualmente, a área onde se considera haver presença mais intensa …
Capítulo 9 A Formação e Desenvolvimento do Bairro Oriental 4 -Era da introdução de empresas japonesas no Brasil
2 de Novembro de 2007 • Sachio Negawa
Rua Tomás de Gonzada, em meados da década de 1970 – decorações elétricas chamativas, japoneses de terno saindo cambaleando de clubes noturnos, levados por atendentes [NT: no original hostess, empregadas dos estabelecimentos cuja função era fazer companhia aos fregueses], de maquiagem pesada, que se despediam com doces palavras – no bairro oriental, havia a “face noturna” de bairro de diversão noturna. Como falado até o artigo anterior, sobre a nova concentração de nikkeis na região do bairro da Liberdade no …
Capítulo 8 A Formação e Desenvolvimento do Bairro Oriental 3 – A Criação de uma “Nova Tradição”
11 de Outubro de 2007 • Sachio Negawa
No final de semana, o Bairro Oriental de São Paulo fica repleto com carros e pessoas que visitam o local. (Foto 8-1). São vários tipos: os turistas que vão ver a Feira Oriental, os clientes de lojas que vendem alimentos e mercadorias orientais, os que apreciam a comida dos restaurantes japoneses, chineses e coreanos, e mesmo os jovens fãs de J-POP que se amontoam na frente da estação. Além disso, esta área é centro de eventos étnicos, como a Hana-matsuri …
Capítulo 7 A Formação e Desenvolvimento do Bairro Oriental (2) – A Construção da Estação Liberdade
6 de Setembro de 2007 • Sachio Negawa
Começando pelo o Cine Niterói, quatro cinemas especializados em filmes japoneses funcionavam no Bairro da Liberdade desde o início da década de 1950, cintilando seus neons na Rua Galvão Bueno. Em 1964, foi finalizada a construção do prédio sede da Sociedade Paulista de Cultura Japonesa (atual Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa) no cruzamento da Rua Galvão Bueno com a Rua São Joaquim. Por causa desses dois acontecimentos, o espaço entre a Praça da Liberdade, passando pela Rua Gauvão Bueno, até …
Capítulo 6 Formação e Desenvolvimento do Bairro Oriental (1) – O Nascimento do Cine Niterói da Bunkyô
9 de Agosto de 2007 • Sachio Negawa
Ao descer da estação Liberdade da linha norte-sul do metrô de São Paulo, saímos numa esquina cheia de lojas e mercados que vendem produtos e comidas japonesas, chinesas e coreanas. É a Praça da Liberdade, centro do Bairro Oriental. (foto 6-1) Indo rumo sul daí, há a Rua Galvão Bueno e à noite a rua é iluminada pelo néon das lojas e as lanternas vermelhas de Suzuran. O Bairro Oriental, que já foi considerado o maior bairro japonês fora do …
Capítulo 5 Pinheiros – O Declínio de Um Bairro Japonês
7 de Junho de 2007 • Sachio Negawa
Na cidade de São Paulo e suas redondezas havia algumas áreas chamadas de “bairros japoneses”. Sendo que a área chamada “Conde Kaiwai” era o maior bairro japonês do pré-guerra a durante a guerra seguida pelo bairro de Pinheiros, onde residiam cerca de 200 nikkeis. (Handa, 1970, p.573) e depois pelos arredores do Mercado Municipal, “Cantareira-gai”, cujo o nome vinha do nome da rua. (Ver mapa 5-1) O bairro de Pinheiros, localizado a aproximadamente 7 km do centro da cidade de …
Capítulo 4 Colônia Iguazu: Lar da Cultura Japonesa e dos Artesãos
17 de Maio de 2007 • Sachio Negawa
De janeiro a fevereiro de 2007, o autor viajou pelo norte do Paraná e pelo Paraguai. O objetivo principal desta série é relatar a história e a atualidade dos bairros japoneses no Brasil, mas, desta vez, excepcionalmente, o autor irá incluir as impressões que teve ao visitar Yguazú, terra onde estão muitos imigrantes nikkeis paraguaios. A Foz do Iguaçu, famosa pelas cataratas do Iguaçu está ligada ao Paraguai por uma ponte que atravessa o rio Paraná. Ao atravessar esta “Ponte …
Capítulo 3 Rua Conde e arredores — os rumores da guerra. Desassossego em tempos de paz. A restauração da ordem - parte III
27 de Abril de 2007 • Sachio Negawa
Mesmo depois que a principal instituição de ensino da comunidade japonesa, o Grupo Escolar Taishō, se mudou para a rua São Joaquim, o bairro japonês continuou a crescer nos arredores da rua Conde. Os anos trinta e quarenta haviam sido, aliás, os mais prósperos da sua existência. “Foi quando a comunidade formada pelos imigrantes começou a se erguer da situação de pobreza em que se encontrava, entre os anos de 1914 e 1915, que os moradores da rua Conde ‘subiram …
Capítulo 2 Rua Conde e arredores: o nascimento da Escola Primária Taishō - parte II
5 de Abril de 2007 • Sachio Negawa
Antes da Segunda Guerra Mundial, eram numerosas as instituições de ensino controladas pelos imigrantes, a maioria financiada pelas associações de japoneses ou pelas associações de pais e mestres. Era natural que pelo menos uma escola fosse construída em cada agrupamento de japoneses. Neste artigo, gostaria de falar um pouco sobre a fundação do Grupo Escolar Taishō e sobre como viviam os imigrantes na rua Conde de Sarzedas (ilustrações 2, 3 e 4) à época. O Grupo Escolar Taishō foi a …