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Aprendendo Sobre os Campos de Internamento (Inglês)

(Inglês) Pois então, literalmente, a primeira vez que eu ouvi falar qualquer coisa sobre o[s campos de] internamento foi quando eu estava na minha aula de direito constitucional, ensinada pelo professor Lawrence Tribe no meu segundo ano em Harvard. Eu me lembro claramente do dia quando discutimos os casos do internamento [de japoneses e nipo-americanos]. Na maioria dos livros da faculdade de direito, os dois casos, Korematsu e Hirabayashi, são agrupados, e geralmente não são discutidos em mais do que uma aula—ou nem isso. Fazem parte da área de direitos civis, que enfoca principalmente a questão de direitos civis envolvendo afro-americanos—como também os poderes governamentais. Pois é, eu me lembro de ler sobre esses casos e de ficar chocado com o que me pareceu uma óbvia injustiça e como achei difícil acreditar que a Suprema Corte naquela época, na década de 40...

Também fomos treinados para—para acreditar que os membros da Suprema Corte naquela época, gente como William O. Douglas, Hugo Black, Frank Murphy, Harlan Stone, Felix Frankfurter, eram grandes defensores das liberdades civis e dos direitos civis, e em muitos casos isso foi verdade. Mas aqui você tem um exemplo de como todos eles no primeiro caso—no caso Hirabayashi —todos eles mantiveram a condenação, oferecendo como justificativa a necessidade militar. E como seria possível juízes tão liberais terem feito algo assim?


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Data: 27 de outubro de 2000

Localização Geográfica: Washington, Estados Unidos

Entrevistado: Alice Ito, Lorraine Bannai

País: Denshō: The Japanese American Legacy Project.

Entrevistados

Peter Irons nasceu em Salem, em Massachusetts, em 1940. Enquanto estudava no Antioch College, Irons se envolveu em causas políticas e sociais, organizando demonstrações contra a discriminação racial e a guerra do Vietnã, e a favor dos direitos dos trabalhadores. Em 1966, Irons foi condenado a três anos de prisão por resistir à convocação militar. Após ser libertado, Irons cursou doutorado em Ciências Políticas e ingressou na Escola de Direito de Harvard. Durantes seus anos como estudante de Direito, ele iniciou uma petição jurídica coram nobis, conseguindo assim ter sua condenação anulada. Irons decidiu seguir carreira de ensino e eventualmente se juntou ao staff da Universidade da Califórnia em San Diego.

A descoberta feita por Aiko Yoshinaga Herzig de documentos cruciais nos Arquivos Nacionais permitiu que Irons se mobilizasse para desafiar as decisões da Suprema Corte nos “casos de internamento”. A evidência foi usada para demonstrar a conduta de má fé do governo americano durante a Segunda Guerra Mundial, fazendo desmoronar a racionalização de “necessidade militar” para o encarceramento em massa de pessoas de descendência japonesa em 1942. Em 1983, petições coram nobis foram requeridas em três casos: Hirabayashi, Yasui, e Korematsu; como resultado, as condenações foram rescindidas. A justiça foi finalmente restaurada, mas igualmente importante foi o fato de que a vitória nos tribunais deu legitimidade aos pedidos de indenizações. (15 de abril de 2008)

Ito,Susumu “Sus”

Invited to teach at Harvard by his boss

(1919 - 2015) Nissei que serviu na Segunda Guerra Mundial com a 442ª Equipe de Combate Regimental

Uesugi,Takeo

Returning to Japan after studying in New York

(1940-2016) Arquiteto Paisagista Issei

Yuki,Tom

Father was convinced the constitution would protect him

(n. 1935) Empresário Sansei

Wasserman,Fumiko Hachiya

Mother founded Japanese language school in neighbors’ backyard

Juíza Sansei do Tribunal Superior do Condado de Los Angeles na Califórnia

Yamada,Mitsuye

Her brother’s reasons as a No-No Boy

(n. 1923) Kibei Nisei poet, activist