Entrevistas
Fazendo os pacientes se sentirem confortáveis ao usar dialetos regionais (Inglês)
(Inglês) Que eu saiba – eu não sabia a diferença [com respeito a divisões de classe]. Foi depois da guerra que você passou a escutar o que as pessoas andavam dizendo. Mas naquela época, eu não estava ciente de coisas como classe ou posição social ou o que fosse. Porque nenhum dos meus pais – nem meu pai nem minha mãe nos ensinou esse tipo de coisa. Mas era ... Eu não sei dizer. Meu pai adorava usar o linguajar deles; às vezes era uma forma meio grosseira, às vezes era ... era como as pessoas falam umas com as outras – como se eles fossem caipiras ou interioranos ou algo do gênero. Mas tinha um grupo de japoneses que falava assim também, e ele usava esse tipo de linguajar – certas expressões para fazer com que eles se sentissem em casa. Eu então escutava esse tipo de linguajar e pensava: “Ah, o Sr. Fulano de Tal deve estar aqui”. Quer dizer, dava para você saber através do linguajar ou sotaque que ele usava. Era interessante escutar. E meu pai não era do tipo que sussurrava, sabe. Ele era do tipo que falava alto e dava tapinha nas costas...
E*: E você acha que ele agia assim apenas para fazer com que seus pacientes se sentissem mais confortáveis?
Hmm-hmm. Porque foi apenas com sorte que ele chegou àquela posição – naquela época, na posição que ele tinha. Eu não acho que ele se via como alguém todo importante.
* “E” representa o entrevistador (Tom Ikeda).
Data: 21 de setembro de 2009
Localização Geográfica: Califórnia, Estados Unidos
Entrevistado: Tom Ikeda, Martha Nakagawa