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Californianos não tinham conhecimento sobre a desocupação (Inglês)

(Inglês) Você pensaria que a maioria dos americanos estava a par do que aconteceu, mas mesmo na Califórnia as pessoas não sabiam o que havia se passado com os nipo-americanos. Era como se eles tivessem desaparecido. Eu acho que os jornais americanos não deram muito destaque aos lugares para onde os japoneses foram levados, ou ao fato de que eles só podiam levar consigo o que eles próprios conseguissem carregar, o que não era quase nada. Eu conhecia gente na minha cidade natal; nós crescemos em San Pedro. Quando retornamos, eles perguntaram: “Ah! Para onde vocês japoneses foram? Onde é que vocês foram parar?” Eu não acho que eles estavam a par do que o governo havia feito, sabe, deles terem prendido os japoneses.

Eles podem ter dito que era para a nossa segurança, mas isso não é verdade – foi quase que uma punição por sermos japoneses e por sermos encarados da mesma maneira que eles encaravam os japoneses do Japão – o inimigo. Nós éramos – 70 por cento de nós que fomos enviados para os campos [de internamento] – nós éramos americanos. Quer dizer, nós éramos cidadãos americanos e o resto era composto de isseis nascidos no Japão que os Estados Unidos nunca permitiram se tornar cidadãos americanos.


discriminação aprisionamento encarceramento relações interpessoais racismo Segunda Guerra Mundial

Data: 16 de Junho de 2003

Localização Geográfica: Califórnia, Estados Unidos

Entrevistado: Karen Ishizuka, Akira Boch

País: Watase Media Arts Center, Japanese American National Museum.

Entrevistados

Yuri Kochiyama (nascida Mary Nakahara) nasceu no sul da Califórnia na comunidade de San Pedro em 1922. Era “provincial, religiosa, e apolítica” até o bombardeio do Japão, em 7 de Dezembro de 1941, contra a base naval dos EUA em Pearl Harbor no Havaí, que levou o governo a encarcerar todos os nippo-americanos em dois campo de concentração. Sua detenção em dois campos de concentração durante a guerra no segregado sul dos Estados Unidos, a fez perceber os paralelos entre o tratamento aos nikkeis e aos afro-americanos.

Depois da guerra, casou-se com Bill Kochiyama, veterano de um segregado batalhão de nippo-americanos que morava na cidade de Nova Iorque. Em 1960, a família Kochiyama se mudou para um alojamento de baixo custo no bairro afro-americano de Harlem. Seu envolvimento político no local mudou sua vida, especialmente depois do encontro com o nacionalista negro e revolucionário, Malcolm X, assassinado dois anos depois. Desde então, tem longa história como ativista pela liberação dos negros, a compensação aos nippo-americanos, a oposição a Guerra do Viatnã, a oposição ao imperialismo geral e o aprisionamento de pessoas que combatem a injustiça.

Ela morreu em 1 de junho de 2014, aos 93 anos de idade. (Junio de 2014)

Naganuma,Kazumu

Sua irmã Kiyo era como uma segunda mãe para ele

(n. 1942) japonês peruano encarcerado em Crystal City

Yamamoto,Mia

Impacto de seu pai

(n. 1943) advogado transgênero nipo-americano

Yamamoto,Mia

Compreendendo o racismo anti-negro no ensino médio

(n. 1943) advogado transgênero nipo-americano

Yamamoto,Mia

A discriminação racial a preparou para se tornar a primeira advogada transgênero

(n. 1943) advogado transgênero nipo-americano

Sakoguchi,Ben

Voltando do acampamento

(n. 1938) Pintor e gravador nipo-americano