Entrevistas
Lembrando de Pearl Harbor (Inglês)
(Inglês) Eu morava a uns 25 quilômetros de Pearl Harbor; mas de lá, você podia ver a comoção no céu, a fumaça e o fogo.
E*: Então você estava em casa?
E então ... Bom, sim. Era domingo, e como fazíamos todos os domingos, estávamos nos preparando para ir à igreja. Minha mãe era uma metodista muito, mas muito devota. Eu estava colocando a minha gravata – naquele momento, eu me lembro de estar colocando a gravata porque uma gravata era algo importante. Eu usava gravata só em funerais, casamentos e para ir à igreja. Era só. E era o mesmo com sapatos. Eu ia à escola descalço. Não depois daquilo. Veja bem, aquela foi uma das grandes mudanças; eu passei a usar sapatos todos os dias depois de 7 de dezembro. Foi uma grande mudança na minha vida. Isso pode parecer insignificante para a maioria das pessoas, mas teve uma grande importância [para mim].
Pois então, eu estava escutando música [no rádio] quando de repente uma voz interrompeu – o disc jockey parou a música e começou a falar numa voz esganiçada, dizendo: “Isto é sério. Isto é sério. Não é um exercício [de preparação para bombardeios]”. Eu pensei: “Mas que diabos ele está falando?” “Os japoneses estão atacando Pearl Harbor”[, ele disse]. Japoneses ... Bombas estão caindo. O meu pai estava no aposento ao lado; eu fui até ele e disse que achava que ele deveria ir lá fora. Então fomos para a rua olhar na direção de Pearl Harbor, e vimos realmente a fumaça subindo. De repente, três aviões passaram em cima das nossas cabeças; eles tinham terminado o bombardeio e agora estavam indo na direção da orla. Eles eram cinzas, com o sol vermelho. Na hora, eu tive certeza que alguma coisa ia acontecer conosco. Eu senti que o mundo com o qual eu era familiar estava para acabar – e acabou mesmo.
* “E” significa “entrevistador”.
Data: 31 de maio de 2001
Localização Geográfica: Califórnia, Estados Unidos
País: Watase Media Arts Center, Japanese American National Museum
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