(Japonês) Fazendo uma reflexão dos últimos 30 anos, acho que aumentou muito o taikô sem uma identidade própria que se possa definir: “este é o taikô japonês” ou “este é o taikô dos Nikkeis”. Pensei que era importante fazer alguma coisa por isso, porque, futuramente, isso poderia chegar a ser uma grande corrente (um taikô que não seja mais o taikô, nem do estilo japonês, nem do estilo Nikkei, apesar de que, para mim, seria difícil definir o estilo Nikkei). Existia uma preocupação de que o taikô tornasse algo sem estilo, que deixasse de ser o taikô que conhecemos. Era preciso fazer alguma coisa para que isso não acontecesse. Assim, surgiu a idéia de que, seria interessante se as pessoas que tocassem o taikô colocassem mais seriedade no que estavam fazendo. Está bem que muita gente fazia isso por pura diversão, mas, pensando no tempo e no esforço que eles gastavam praticando, poderiam dedicar-se a estudar um pouco mais a sério. Eu sabia que assim eles poderiam melhorar muito. Quando percebi que eles não tinham consciência disso, comecei a questionar de que maneira essas pessoas poderiam levar mais a sério. E uma das idéias que tive foi realizar um concurso. Se eles concordassem em participar, provavelmente, praticariam mais e poderiam trazer novas idéias. Enfim, só com isso eles já sentiriam uma grande melhora nos seus níveis de desempenho.
Data: 1 de abril de 2005
Localização Geográfica: Califórnia, Estados Unidos
Interviewer: Ann Kaneko
Contributed by: Watase Media Arts Center, Japanese American National Museum.