Mais do Que um Jogo: Esporte Nikkei

Crônicas Nikkeis #9
Mais do Que um Jogo: Esporte Nikkei

Assim como a música, o esporte transcende as barreiras linguísticas e culturais. Qualquer um pode apreciá-lo, seja como participante ou como torcedor. Seja um evento organizado com times ou uma atividade individual – como dar uma corrida ou pescar – o esporte proporciona uma válvula de escape da nossa rotina diária. Mais do que qualquer outra atividade nos dias de hoje, os esportes coletivos nos unem como comunidades em celebração (ou no desespero).

Para a nona edição das Crônicas Nikkeis, o Descubra Nikkei pediu que histórias relacionadas ao esporte nikkei nos fossem enviadas entre junho e outubro de 2020. A votação foi encerrada em 30 de novembro de 2020. Recebemos 31 histórias (19 em inglês; 6 em japonês; 7 em espanhol; e uma em português), sendo que algumas delas foram enviadas em vários idiomas.

Agradecemos a todos que enviaram suas histórias aos Mais do Que um Jogo: Esporte Nikkei!

Pedimos à nossa comunidade Nima-kai para votar nas suas histórias favoritas e ao nosso Comitê Editorial para escolher as suas favoritas. Aqui estão as favoritas!!


A Favorita do Comitê Editorial

Português | Inglês | Espanhol | Japonês

Português:

  • A ginástica japonesa de todos os dias
    Por Edna Hiromi Ogihara Cardoso

    Comentário de Aldo Watao Shiguti
    Edna Hiromi Ogihara Cardoso nos brinda com um texto delicioso sobre a ginástica japonesa em que mostra, de forma sutil e com uma linguagem direta, os benefícios desta atividade, prática introduzida no país em 1978 por ocasião das comemorações dos 70 Anos da Imigração Japonesa no Brasil e que, ao longo dos anos, ganhou inúmeros adeptos também entre os não descendentes de japoneses. A autora consegue “transportar” o leitor até o local – no caso, uma quadra esportiva – e faz as personagens desta história ficarem próximas, como se já as conhecêssemos há algum tempo – fato notado nos diálogos entre as praticantes e nas peculiaridades de algumas frequentadoras.

    De forma objetiva, a autora transmite informações sobre os benefícios da ginástica, em especial, o convívio social, por ora abalado pela pandemia do novo coronavírus. Saudade, aliás, de certo modo aliviada pelas conversas por telefone ou via Whatsapp. Enfim, como diz a autora, momentos felizes para serem relembrados.

Inglês:

  • Por Que Ser Técnico Desportivo? O Legado de Bob Kodama como Técnico Desportivo de Jovens
    Por Michael Kodama

    Comentário de Brian Niiya
    O comovente tributo de Michael Kodama ao seu pai, Bob Seiko Kodama, e ao papel que o esporte e o seu desempenho como técnico de equipe tiveram na sua vida, consegue captar muita coisa sobre a importância do mundo do esporte, como também sobre a comunidade nipo-americana. Bob aprende a jogar beisebol durante o seu encarceramento em Minidoka quando criança; mais tarde, o fato dele atuar como técnico de beisebol e outros esportes se torna o núcleo da relação pai-filho que continua até mesmo na geração seguinte. A história de Kodama destaca os melhores aspectos do esporte e do treinamento esportivo, como também o papel que desempenharam na vida de gerações de jovens. Além disso, o texto salienta as razões pelas quais o seu pai e outros indivíduos escolheram trabalhar como técnicos desportivos. Espero que a sua história inspire outros a seguir esta nobre vocação.

     

Espanhol :

  • 60º Aniversário: Perto do Coração
    Por Luis Iguchi Iguchi

    Comentário de Mario Kiyohara Ramos
    Através do seu relato, ele transmite às gerações seguintes (e a todos os leitores) não apenas a doce, solidária e humilde origem da Associação Estádio La Unión (AELU), como também os 60 anos de crescimento e modernização contínua das suas instalações. A AELU é emblemática do desenvolvimento da comunidade peruano-japonesa na segunda metade da sua história, que no ano passado completou 120 anos. É uma história de crescimento e presença importante na sociedade peruana, sem ter perdido a essência do trabalho comum e quase anônimo rumo a um mesmo objetivo. No seu texto, o autor nos obriga, de forma sutil, a nos tornarmos os transmissores para os nossos filhos dos ideais e valores que, originalmente, inspiraram cada um a dar dinheiro, remover uma pedra, ou botar um tijolo para construir um sonho que hoje nos enche de orgulho e satisfação como comunidade.

Japonês :

  • A história de família de Kenichi Doi, arremessador do Asahi Vancouver
    Por Yobun Shima

    Comentário de Yusuke Tanaka
    Ao ler “A história de família de Kenichi Doi, arremessador do Vancouver Asahi” de Yobun Shima, o passado de 30 anos de convivência com o “Asahi-gun” veio à tona em flashback. A pesquisa sobre a história desta família é preciosa. E a história do chamado “Asahi-gun” é o resultado de tudo que foi recolhido, de 1914 até 1941, como se uma rede tivesse sido lançada envolvendo todos. Talvez ninguém tivesse imaginado que, passados cerca de cem anos após a formação do time, o seu legado continuaria sendo transmitido.

    Como membro do comitê editorial, devo ler as histórias concorrentes com objetividade, mas, fazendo um retrospecto de minha carreira, desde 1989 e durante 22 anos como editor do “Nikkei Voice”, somando mais 9 anos como free lancer, acho que não houve nem um dia nesse tempo todo em que não a palavra “Asahi-gun” não tivesse passado pela minha cabeça. Mesmo que a História Nikkei” seja dividida em diversas partes, alguma dessas divisões sempre terá conexão com a história do beisebol do Asahi.

    No artigo de Yobun Shima há um trecho que diz: “Aos 12 anos, Kenichi trabalhava na Fazenda Kishimoto de gado leiteiro, localizada entre Cumberland e Royston. Todos os dias, levantava-se cedo, cuidava de 6 vacas e depois ia à escola”. Segundo Tokugi Suyama, nissei nascido em Cumberland e pesquisador da história local, o proprietário da fazenda, sr. Kishimoto, após a retirada forçada de sua propriedade, voltou a se estabelecer na Província de Ontário, onde novamente administrou a Fazenda Kishimoto. Quer dizer, mesmo perdendo os bens, as pessoas com habilidade para iniciar um novo negócio, tiveram forças para se reerguer rapidamente.

    Os demais trabalhos relatam histórias magníficas de atletas de excepcional habilidade, porém, todas já foram publicadas em outros órgãos. Desta vez, gostaria de escolher o ensaio do sr. Yobun Shima, levando também em conta as características de minha carreira profissional.

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Comitê Editorial

Estamos profundamente gratos pela participação do nosso Comitê Editorial:

  • INGLÊS
    Brian Niiya é um historiador público especializado em história nipo-americana. Atualmente, ele é diretor de conteúdo da Densho e editor da Enciclopédia Densho online; ele também já exerceu vários cargos no Centro de Estudos Asiático-Americanos da UCLA, no Museu Nacional Japonês Americano e no Centro Cultural Japonês do Havaí, os quais envolviam o gerenciamento de coleções, a curadoria de exposições, o desenvolvimento de programas públicos, e a produção de vídeos, livros e websites. Seus trabalhos escritos foram publicados numa grande variedade de publicações acadêmicas, populares e online, e ele é frequentemente convidado para dar palestras ou entrevistas sobre a remoção e encarceramento forçado de nipo-americanos durante a Segunda Guerra Mundial.

  • JAPONÊS
    Yusuke Tanaka imigrou para o Canadá em 1986. Ele é Bacharel em Sociologia pela Universidade de Waseda, é escritor freelancer para a mídia japonesa, e desde 2012 é colunista regular do JCCA Bulletin e do Fraser Journal, ambos com sede em Vancouver. Ele é japonês do Nikkei Voice (1989–2012) e co-fundador do grupo Narradores Japoneses Katari, iniciado em 1994. É palestrante sobre a história nikkei em várias universidades do Japão. Em 1993, seu trabalho de tradução Horonigai Shori, a edição japonesa de Bittersweet Passage de Maryka Omatsu, recebeu o 4º Prêmio do Primeiro Ministro do Canadá no Ramo de Publicações.

  • ESPANHOL
    Mario Kiyohara Ramos é um sansei residente de Lima, no Peru, e é Diretor de Comunicação e Marketing da Associação Peruana Japonesa (APJ). Ele morou 22 anos em Tóquio, no Japão, e sente que aprendeu muito sobre como contribuir para tornar este mundo um lugar melhor. Ao mesmo tempo, notou que existem áreas onde a sociedade japonesa pode melhorar ao aprender com os outros.

  • PORTUGUÊS
    Aldo Watao Shiguti nasceu em Rosana, interior de São Paulo, em 1967. Jornalista há aproximadamente 30 anos, trabalhou nas redações portuguesas dos três principais jornais da comunidade - Jornal Paulista, Diario Nippak e São Paulo Shimbun. Iniciou o exercício da profissão no extinto Grupo Jornal Paulista ainda em seu primeiro ano de faculdade. Participou por cerca de dois anos do semanal “Japão Agora” editado pelo Jornal Paulista e do respectivo jornal diário por seis anos. Após, trabalhou no Diario Nippak até ser chamado para trabalhar no São Paulo Shimbun. Em 1998, retornou para o Nippak para participar de um novo projeto, o Jornal Nikkey, em português, fruto da união do Diario Nippak e Jornal Paulista.  

Agradecemos à Jay Horinouchi pelo design de nosso emblema do projeto, bem como aos nossos voluntários incríveis e parceiros que nos ajudaram a rever, editar, disponibilizar os arquivos online e a promover este projeto!

Aviso: Ao enviar a sua história, você concede permissão ao Descubra Nikkei e ao Museu Nacional Japonês Americano de postar o seu artigo e imagens no site DiscoverNikkei.org, como também possivelmente em outras publicações impressas ou online que sejam afiliadas a este projeto. Tal permissão inclui quaisquer traduções do seu trabalho relacionadas ao Descubra Nikkei. Você, o autor, retém os direitos autorais. Para maiores informações, leia os Termos de Serviço e a Política de Privacidade do Descubra Nikkei.