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Minha determinação como nipo-americano de terceira geração - Parte 1

Com minha avó e meu tio que mais cuidaram de mim

Decidi vir para o Brasil quando estava procurando emprego no quarto ano de universidade. Antes de começar a procurar emprego, meu objetivo era me tornar professor.

Contudo, em Maio do meu quarto ano, comecei um estágio de docência e experimentei o quão difícil e cansativo é o trabalho de professor.

Depois disso, comecei minha procura de emprego às pressas. Eu usava terno preto, bolsa e sapatos onde quer que fosse, todas as mulheres tinham cabelos pretos presos em um único nó, e falei sobre um modelo fixo nas entrevistas, dizendo que naquela época eu era o menos autêntico que já fui . pensar.

Quando eu estava na escola, meus pais nunca me disseram para estudar, fazer a lição de casa, tirar boas notas no boletim escolar ou ser um bom garoto na escola.

Porém, quando fiz algo bom na escola e fui elogiado pelo meu professor, quando tirei boas notas nos estudos ou quando fui aceito na universidade, eles sempre me reconheceram e aceitaram. É por isso que sempre escolhi o ensino médio e a universidade que queria cursar e vivi minha vida do jeito que queria.

E mesmo quando eu procurava emprego, meus pais estavam sempre me observando e sabiam que eu estava passando por dificuldades. Naquela época, minha mãe me disse:

"Atualmente, Ayori não se parece nem um pouco com Ayori. Se você está realmente tendo dificuldades para saber o que quer fazer, você pode ir para o Brasil e aprender português.

No Japão, todos correm juntos quando se formam na universidade. Funciona assim.

Mas quem decidiu que você tem que fazer a mesma coisa que todo mundo? Sua vida é sua, certo?

Não há necessidade de escolher o mesmo caminho até Ayori. A vida é sua, então você deve vivê-la do jeito que quiser. Você também tem parentes no Brasil. Existe a oportunidade de escolher um caminho diferente dos outros. Você pode decidir por si mesmo o que quer fazer.”

Como minha mãe sugeriu que eu fosse para o Brasil, decidi ir para lá aprender português.


Nascido em Maringá, criado no Japão, retornando para uma terra natal desconhecida

日本に引っ越す前、当時1歳半のあよりさんと母、姉

A partir daí, comecei a morar no Brasil por um ano. Nasci em Maringá, Paraná, e me mudei do Brasil para o Japão quando tinha um ano e meio de idade. O único Brasil que conheci foi o que vi nos livros e livros didáticos.

Minha avó mora em um lugar com grandes campos como café e rodeado de montanhas? Existe um banho? Existe supermercado ou loja de conveniência? Cheguei ao Brasil cheio de dúvidas.

A vista de Novo Amburgo e São Leopoldo da janela do carro no caminho do aeroporto até a cidade de Ibochi era completamente diferente do que eu imaginava no Brasil. Havia grandes edifícios, lojas e até shopping centers, e naquela época eu estava feliz por estar no mundo exterior.

Se eu tivesse ficado no Japão, poderia ter acabado com a imagem do Brasil como um país subdesenvolvido da América do Sul.

Quando cheguei em Colônia, onde morava minha avó, fiquei novamente surpreso. "Que lugar rural! Essa foi minha primeira impressão de Colônia. A casa da minha avó tinha banheiro, mas eles acendiam o próprio fogo e usavam fósforos e lenha para queimar." era.

Além disso, existem muitos insetos e, pela primeira vez na vida, descobri que era alérgico a moscas pretas (mosquitos) ao ser picado por um.

À medida que continuei participando de eventos realizados por Colônias e descendentes de japoneses, conheci muitos rostos conhecidos e me tornei amigo.Ao interagir com seus descendentes, comecei a pensar mais sobre o que significa ser Nikkei.

Eu mesmo me formei em história da imigração no Japão e no Brasil na universidade, então foi muito valioso para mim vir ao Brasil e realmente conversar com pessoas de primeira e segunda geração.

援協の忘年会でコロニアの人たちと


Estudei imigração na universidade para aprender mais sobre mim.

Por que eu quis estudar imigração quando fui para a universidade? Que tipo de pessoa você é, como nasceu e como viverá sua vida daqui para frente? Foi também para encontrar a resposta a esta pergunta.

Tendo vivido no Japão desde que me lembro, tudo que sabia era que meus pais eram brasileiros e que eu também era brasileiro. Meus pais falavam português um com o outro, mas quando conversavam comigo e com minha irmã usavam uma mistura de japonês e português.

Porém, quando iniciamos nossa educação escolar, quase não usávamos o português e passamos a usar o japonês. À medida que fui crescendo, comecei a sentir que era diferente das outras crianças.

A razão para isso é que primeiro tenho que explicar as cartas da escola aos meus pais. Quando os documentos relacionados ao trabalho dos meus pais tinham kanjis ou palavras difíceis, eu tinha que ajudá-los a explicá-los ou escrevê-los.

Ainda me lembro das muitas vezes que tive problemas com minha mãe por causa de papelada. Sempre que eu fazia uma cara um pouco desagradável, eles diziam: “Seus pais são estrangeiros”, e às vezes eu me perguntava se as coisas teriam sido diferentes se eu tivesse nascido em uma família japonesa.

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*Este artigo foi reimpresso de “ Nikkei Shimbun ” (15 de março de 2019).

© 2019 Geovana Ayori Hayashi

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About the Author

Nasceu em 1995 em Maringá, Paraná, Brasil. Ela se mudou para o Japão quando tinha um ano e meio e cresceu lá até se formar na universidade. Desde abril de 2018 moro em Ibochi, no Rio Grande do Sul, onde mora minha avó, para aprender português.

(Atualizado em abril de 2019)

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