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O passado da avó como enfermeira no Japão (Inglês)

(Inglês) A minha avó nasceu em 1888. Ela cursou enfermagem e se formou, eu acho, em 1903. Eu tenho uma foto dela na sua classe de formatura. Logo em seguida, ela foi convocada para trabalhar como enfermeira da Cruz Vermelha na Marinha Imperial Japonesa. Como ela tinha sido treinada como enfermeira, isso foi algo esperado. Ela fez parte de uma missão na Guerra Russo-Japonesa, que naqueles dias estava no seu apogeu, e acabou sendo enviada para a famosa batalha de Port Arthur, que foi uma batalha decisiva na Guerra Russo-Japonesa. Ela ficou em um navio da Cruz Vermelha, junto com outras enfermeiras também da Cruz Vermelha. Elas estavam cuidando desses homens que tinham sido feridos na batalha do Mar [Amarelo].

[Mais tarde,] a minha avó escreveu um relato sobre suas experiências que saiu em várias publicações. O relato explicava como seria para todos eles se [as forças japonesas] perdessem aquela batalha contra a esquadra russa. Elas estavam antecipando que “pílulas de suicídio” seriam fornecidas a todas as enfermeiras. Por isso, todas elas arrumaram seus aposentos, já se preparando para morrer e assim manter uma certa honra mesmo na derrota. Ela disse que viu corpos de soldados carregados pelas correntezas do Mar [Amarelo], e como [as pessoas a bordo do navio] contavam quantos eram russos e quantos eram japoneses. Mas acabou que a esquadra japonesa derrotou a esquadra russa e a vitória foi deles. Ela descreveu como eles, de pé, gritaram seus banzais e toda aquela coisa.


enfermeiras Guerra Russo-Japonesa, 1904-1905

Data: 18 e 20 de março de 2003

Localização Geográfica: Washington, Estados Unidos

Entrevistado: Alice Ito and Mayumi Tsutakawa

País: Denshō: The Japanese American Legacy Project.

Entrevistados

As pinturas, gravuras e peças teatrais de Roger Shimomura retratam temas sociopolíticos sobre os americanos de origem asiática. Muitos de seus trabalhos foram inspirados pelos diários que sua falecida mãe imigrante manteve durante 56 anos. Shimomura apresentou mais de 100 exposições individuais de suas pinturas e gravuras, e também encenou suas peças teatrais experimentais no Franklin Furnace em Nova York, no Walk Art Center de Mineápolis, e no Museu Nacional de História Americana da Smithsonian Institution em Washington. Altamente reconhecido pelo seu trabalho como professor, ele foi nomeado Professor Emérito Universitário pela Universidade do Kansas. Em 2001, a College Art Association lhe concedeu o Prêmio Artista pelo Conjunto de Obra como reconhecimento pela tour nacional de Um Diário Americano, sua exposição de pinturas apresentada em 12 museus por quatro anos. Ele se aposentou do professorado em 2004.

Os documentos pessoais de Shimomura estão sendo coletados pelos Arquivos da Arte Americana na Smithsonian Institution. Sua obra está representada em galerias em Nova York, Chicago, Kansas City, Miami e Seattle.

*The full interview is available Denshō: The Japanese American Legacy Project.