Crônicas Nikkeis n.º 5—Nikkei-go: O Idioma da Família, Comunidade e Cultura
Arigato, baka, sushi, benjo e shoyu—quantas vezes você já usou estas palavras? Numa pesquisa informal realizada em 2010, descobrimos que estas são as palavras japonesas mais utilizadas entre os nipo-americanos residentes no sul da Califórnia.
Nas comunidades nikkeis em todo o mundo, o idioma japonês simboliza a cultura dos antepassados, ou a cultura que foi deixada para trás. Palavras japonesas muitas vezes são misturadas com a língua do país adotado, originando assim uma forma fluida, híbrida de comunicação.
Nesta série, pedimos à nossa comunidade Nima-kai para votar nas suas histórias favoritas e ao nosso Comitê Editorial para escolher as suas favoritas. No total, cinco histórias favoritas foram selecionadas.
Aqui estão as histórias favoritas selecionadas.
Editorial Committee’s Selections:
- PORTUGUÊS:
Gaijin
Por Heriete Setsuko Shimabukuro Takeda
- INGLÊS:
Yokoso Y’all
Por Linda Cooper
- ESPANHOL:
A escola Chuo Gakuen: Semente do prestígio da comunidade japonesa no México
Por Sergio Hernández Galindo
- JAPONÊS:
Brasileira por adoção – Japonesa de coração
Por Marina Tsustui
Escolha do Nima-kai:
- 56 estrelas:
O idioma japonês no dia a dia dos integrantes do Grupo Hikari de Londrina
Por Alba Shioco Hino, Nilza Matiko Iwakura Okano, Kiyomi Nakanishi Yamada
Stories from this series
Manga
11 de Agosto de 2016 • Hudson Okada
“Man-ga? Man-ga? Man-ga?” A cena que ocorria em minha frente era bastante inusitada. Levei alguns segundos para entendê-la: Uma mulher, com um enorme ponto de interrogação sobre a cabeça, olhando para mim e me dizendo: “Man-ga? Man-ga? Man-ga?”. Nesse momento, eu percebi que essa seria uma boa oportunidade para treinar a minha intuição – que nunca foi “lá” essas coisas. Comecei a levantar hipóteses: Apesar de seu sotaque japonês e de sua aparência japonesa, deduzi que essa senhora não se …
Nihongo vai e vem
20 de Julho de 2016 • Jorge Nagao
Tadatoshi e Setsuko, meus pais, chegaram à capital paulista, vindos de Vera Cruz, interior de São Paulo, em 1955, com 5 filhos. Depois de uma breve passagem por uma casa na zona leste, no distrito de Ermelino Matarazzo, meu pai adquiriu um mercadinho/mise, próximo dali. Como os fregueses não aprendiam a pronunciar seus nomes, Tadatoshi virou Mário e Setsuko, Helena. Seu Mário e Dona Helena, tiveram que se comunicar em Português com os fregueses, com todas as dificuldades inimagináveis. Assim, …
Né?
11 de Julho de 2016 • Hudson Okada
Mesmo que tenham várias marcas verbais que os caracterizam para os brasileiros—hai, banzai e arigatô—, a interjeição “né”, com certeza, é a que mais se relaciona aos japoneses. Prova disso é o fato de que não existe um engraçadinho que nunca tenha brincado com um japonês, dizendo: “Tá caro, né?”, “Japoneis tem o zóio puxado, né?” e “Japoneis chupa raranja, né?”. Observação 1: quando um brasileiro diz japonês, ele pode estar se referindo tanto a japoneses de fato, quanto a …
Tentando Entender o Sotaque Japonês da Vovó—Meu Primeiro Passo na Descoberta do Nikkei-go
6 de Julho de 2016 • Tim Asamen
Eu moro numa fazenda no Imperial Valley, localizado no extremo sudeste da Califórnia. Os meus avós isseis estabeleceram a nossa fazenda antes da Segunda Guerra Mundial, quando milhares de imigrantes japoneses converteram o deserto estéril em terras férteis de cultivo. Quando eu estava crescendo, a minha avó tambémmorava na fazenda, na casa original que os meus avós haviam construído em 1930. Eu ainda me lembro quando a casa não tinha banheiro interno; haviaapenas um anexo—o qual a gente chamava de …
Crônicas de um nissei – Lembranças de uma infância diferente
29 de Junho de 2016 • Mitsuo Luiz Kariya
As lembranças que borbulham em minha memória, as melhores, são as de minha infância. Minha primeira participação em uma peça de teatro aos 5 anos de idade, representando o Imperador do Japão, sentado ao lado de minha Imperatriz, no Nihongakô. Nunca me esqueci. Parecia que havia nascido para isso. Para ser Imperador. Eram outros tempos. Nessa idade, eu ia sozinho para a escola de japonês, de ônibus. O motorista e o cobrador me conheciam. E me deixavam na porta …
Minato Gakuen e eu
20 de Junho de 2016 • Teiko Kaneko
Embora estejamos felizes com a inauguração de uma nova ferrovia e aproveitemos ao máximo, não temos ideia das dificuldades enfrentadas pelas pessoas envolvidas na segurança do terreno e na construção dos trilhos. Desta vez, li sobre o período de fundação de Minato Gakuen no blog do Sr. Imamura e percebi que não estava ciente das dificuldades que foram necessárias para que Minato Gakuen tivesse um início tranquilo. Aprendi sobre Minato Gakuen logo após seu início, e o prédio da escola …