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Como o pai teve que se esconder para não ser enviado a um campo de concentração (Espanhol)

(Espanhol) Uma vez eu acompanhei o meu pai numa visita a um amigo dele, e fomos caminhando até um sítio onde ... seu amigo tinha uma pequena fazenda, era outro nihonjin [japonês], e era um homem inteligentíssimo. Podia-se ver que era muito culto; tinha livros – e parece que este senhor estava a par do que estava acontecendo com a colônia japonesa. Eu estava brincando, como se não estivesse prestando atenção; não lembro se era com um carro, talvez um caminhãozinho de madeira, e eles dois estavam sentados tomando seu rum com ocha, e foi então que escutei uma coisa que me assustou.

O amigo falou para ele: “Olha só, Tsukeo”. Não, [ele não disse] Tsukeo. “Olha, Shinki, vende a sua loja – as duas lojas. Você tem um armazém (não chamavam de ‘armazém’; era chamado ‘tambo’). Você tem o tambo e tem o restaurante; isso quer dizer que você tem dinheiro apesar de você não estar na lista negra. Se um delator passar por aqui, te marcam, te prendem e te levam para um campo de concentração”. Mas que coisa! O meu pai disse que “ia fazer aquilo, sim”.

Ele gostava muito deste outro homem porque o via como uma pessoa muito culta. E foi o que o meu pai fez. Ele vendeu a loja a um empregado que tinha, e depois vendeu o restaurante e então se foi. Nos deixou em casa; nós tínhamos uma casinha pequena, onde moravam meu pai, minha mãe e eu. Quando ele vendeu a loja, ele fugiu para o campo, dormindo na casa de seus clientes que eram chacareros [trabalhadores nas fazendas]. Esse chacareros não tinham ... Naquela época – estou falando dos anos 40 – tem que se levar em conta isso. Sabe Deus como ele arrumou lugar para dormir, como fazia ... Ele não tinha um aposento para dormir, isso é certo. Provavelmente ele dormia num sofá e para não incomodar muito essas famílias, ele ia de uma família para outra. Por causa disso, ele acabou pegando pneumonia e voltou para casa.


aprisionamento encarceramento Peru pré-guerra Segunda Guerra Mundial

Data: 6 de setembro de 2007

Localização Geográfica: Lima, Peru

Entrevistado: Harumi Nako

País: Asociación Peruano Japonesa (APJ)

Entrevistados

Venancio Shinki Huamán (Supe, Lima, Peru, 1932) é um dos mais importantes pintores peruanos. Filho de pai japonês (Kitsuke Shinki, da prefeitura [província] de Hiroshima) e mãe peruana (Filomena Huamán), ele foi criado na fazenda San Nicolás em Supe, ao norte de Lima, ums dos locais onde os imigrantes japoneses se concentraram nos primeiros anos. Ele estudou na Escola Nacional de Belas Artes do Peru, onde se formou em 1962, conquistando o primeiro lugar no seu grupo de formandos.

Seus quadros misturam as tradições culturais orientais, ocidentais e andinas, sendo expressados através de um surrealismo distinto que apresenta um universo desconhecido e intrigante, partindo de uma técnica refinada e de uma renovada figuração que fazem lembrar outros grandes artistas plásticos latino-americanos. Ele recebeu diversos reconhecimentos e participou em numerosas exposições individuais e coletivas no Peru, Japão, Itália, Estados Unidos, Colômbia, Equador, Brasil, Venezuela, Panamá, e México, entre outros países. Em 1999, no ano do centenário da imigração japonesa ao Peru, ele foi convidado para apresentar suas obras no Museu do Homem em Nagóia, no Japão. Seus trabalhos mais recentes puderam ser apreciados na XXXIV Semana Cultural Japonesa em novembro de 2006, em Lima. Ele morreu em 2016. (Outubro de 2017)

Hirabayashi,James

A vida como adolescente no campo de concentração (Inglês)

(1926 - 2012) Estudioso e professor de antropologia, liderou a fundação de estudos étnicos como disciplina acadêmica

Kochiyama,Yuri

Não tinham direitos que os brancos tinham (Inglês)

(1922–2014) Ativista política e de direitos civis.

Kochiyama,Yuri

Californianos não tinham conhecimento sobre a desocupação (Inglês)

(1922–2014) Ativista política e de direitos civis.

Kochiyama,Yuri

Condições dos centros de assembléia (Inglês)

(1922–2014) Ativista política e de direitos civis.

Kochiyama,Yuri

Visita de E. Stanly Jones aos centros de assembléia (Inglês)

(1922–2014) Ativista política e de direitos civis.

Kochiyama,Yuri

Escondendo fatos que aconteceram no campo de concentração (Inglês)

(1922–2014) Ativista política e de direitos civis.

Kochiyama,Yuri

Isseis são trabalhadores (Inglês)

(1922–2014) Ativista política e de direitos civis.

Kochiyama,Yuri

A prisão do pai (Inglês)

(1922–2014) Ativista política e de direitos civis.

Kochiyama,Yuri

O lado positivo do campo de concentração (Inglês)

(1922–2014) Ativista política e de direitos civis.

Takeshita,Yukio

Envolvimento com a JACL (Inglês)

(n. 1935) Americano nascido japonês. Empresário aposentado.

Matsumoto,Roy H.

Procurando um trabalho no Centro de Reuniões (Inglês)

(n. 1913) Kibei da Califórnia, serviu para o Serviço de Inteligência Militar com Merrill’s Marauders durante a Segunda Guerra Mundial.

Matsumoto,Roy H.

A viagem de trem para o Centro de Recolocação Jerome (Inglês)

(n. 1913) Kibei da Califórnia, serviu para o Serviço de Inteligência Militar com Merrill’s Marauders durante a Segunda Guerra Mundial.

Bain,Peggie Nishimura

Evacuação (Inglês)

(n. 1909) Nissei de Washington. Foi encarcerada em Tule Lake e Minidoka durante a Segunda Guerra Mundial

Bain,Peggie Nishimura

As condições de vida no campo de concentração Pinedale (Inglês)

(n. 1909) Nissei de Washington. Foi encarcerada em Tule Lake e Minidoka durante a Segunda Guerra Mundial

Bain,Peggie Nishimura

Transformando as conhas do Lago Tule em artesenato (Inglês)

(n. 1909) Nissei de Washington. Foi encarcerada em Tule Lake e Minidoka durante a Segunda Guerra Mundial